terça-feira, 22 de setembro de 2015

Resenha | Diana A Verdadeira História, Diana O Último Amor de Uma Princesa e Grace A Princesa de Mônaco

Hoje vou fazer uma resenha um pouco diferente, vou reunir em um único texto as histórias de duas grandes mulheres contadas em três livros.

Nos dois primeiros, Diana A Verdadeira História e Diana O Último Amor de Uma Princesa, temos o relato dos acontecimentos da vida da memorável Lady Di (Princesa Diana do Reino Unido).


O primeiro livro, escrito por Andrew Morton em "parceria" com a própria princesa, traz dados, fatos concretos e críticas ao mundo monárquico, tudo, por óbvio, através da visão da princesa. Começamos através de momentos da sua infância, a relação com o irmão, o divórcio dos pais e a educação nos diversos internatos. Considero esta a parte mais importante do livro, pois nesse pequeno início que observamos o nascimento de traumas e conflitos que justificaram os seus atos na vida adulta.

Ao longo de toda a história narrada (repito, através do ponto de vista da Princesa), há denúncias contra a falta de sentimentos do Príncipe Charles e as atitudes desesperadas de Lady Di para obter o mínimo possível de atenção. Ainda, logo no início, observamos as traições por parte do Príncipe de Gales e o conflito em que se encontrou a futura Princesa nas vésperas de seu casamento.

Por fim, o livro é um relato aberto sobre a vida da Princesa enquanto "prisioneira" do sistema monárquico, levando em consideração aspectos pessoais e ponderações da própria Corte. De outra mão, o livro deixa um pouco a desejar a respeito da vida da Princesa após o divórcio, deixando margem para a credibilidade das informações divulgadas pelos urubus da imprensa da época.

No segundo livro, temos exatamente os relatos posteriores ao divórcio e, devo admitir, este se tornou um dos livros mais sensacionalistas que já li. Explico. 

A história narrada no referido livro, Diana O Último Amor de Uma Princesa, foi construída com base em informações de "segunda linha", ou seja, informações de pessoas que pouco participaram da vida da Princesa ou até mesmo de pessoas que conheceram alguém com quem a Princesa em algum momento da vida desenvolveu um único diálogo. Portanto, um livro fundado basicamente em fofocas. E o pior, deu origem a um filme (Diana) tão ruim quanto.


Assim, não acho que seja necessário desenvolver o conteúdo do livro, pois achei realmente difícil de absorver as "prováveis verdades".

O terceiro e último livro se chama "Grace, a Princesa de Mônaco" e propõe mostrar a evolução de Grace Kelly à Princesa Grace. 

Nas primeiras páginas, o livro relata aspectos da infância de Grace, menciona seus familiares e a influência que tiveram em suas escolhas, e resume sua vida profissional, referindo, inclusive, os comerciais e as peças de teatro das quais participou. A história segue linear até o episódio em que, por obra do destino, conhece o Príncipe Rainier e sua vida muda drasticamente. 

O maior pecado do livro é oferecer poucas informações sobre Grace, limitando-se em relatar aspectos da vida pregressa do Príncipe de Mônaco, seus ancestrais e outras inúmeras informações sobre a vida dos filhos (Príncipe Albert, Princesa Carolina e Princesa Stéphanie). Tal "defeito" não retira o brilho que a história possui, mas de certa forma ilude, pois criamos expectativas acerca do título e esperamos obter detalhes da vida de uma das personalidades mais carismáticas da história das monarquias.

Um detalhe que me chamou muito a atenção e inclusive é relatado tanto em "Diana, a Verdadeira História" quanto em "Grace, a Princesa de Mônaco" foi a dificuldade que ambas tiveram de se adaptar ao novo mundo. Enquanto Grace teve todo o apoio necessário de seu amado marido, Diana teve que aprender as regras através dos erros e das críticas da imprensa e de sua própria família (principalmente de Charles). Aliás, importante ressaltar que a Princesa Grace, conforme relatado nos dois livros, foi uma das poucas pessoas que ofereceu sua amizade e compreensão à futura Rainha ao tentar ajudá-la a absorver as novas normas.

Outro detalhe, é que as duas Princesas, vítimas dos ataques constantes da mídia, perderam suas vidas em acidentes automobilísticos. A Princesa Grace, conforme sugere achados médicos, teria sofrido um derrame enquanto dirigia, fato que a impediu, talvez por perda de movimentos, de frear o carro. Com relação à Princesa Diana, bom, aqui temos uma série de teorias conspiratórias, mas, segundo versão oficial, o carro em que estava teria colidido em razão da embriaguez de seu motorista.

Peculiaridades e teorias a parte, o importante é observar o legado de boas ações que as duas personalidades deixaram para a humanidade e o quanto a sua humildade teve papel fundamental para que pudessem concretizar muitas de suas ações. As duas Princesas são dignas de terem suas memórias preservadas, sobretudo em razão da bondade inquestionável e do brilho que trouxeram a inúmeras vidas mundo a fora. 

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