terça-feira, 22 de setembro de 2015

Resenha | Trilogia Fronteiras do Universo, de Philip Pullman


A trilogia escrita por Philip Pullman teve apenas uma fracassada adaptação para os cinemas, mas que em nada modificou a qualidade incrível da história criada.

O primeiro livro, A Bússola de Ouro, foi adaptado para os cinemas em 2007 e teve em seu elenco, nada mais nada menos do que Nicole Kidman, Daniel Craig e Eva Green. 

A história gira em torno de Lyra, uma jovem que cresce na Universidade Jordan, em Oxford, recebendo os ensinamentos de diversos catedráticos, e que possui um dimon, assim como todas as pessoas do mundo (daquele mundo). Dimons são seres, que possuem a forma de um animal e que materializam a consciência dos humanos.

Lyra é uma menina de personalidade forte e que adora encarar aventuras e um dia, recebe de presente um instrumento curioso, um aletiômetro. O aletiômetro é um equipamento peculiar, que lembra uma bússola, movido à Pó (isso mesmo, pó, mas explico depois) e que sempre diz a verdade, quando indagado.

Assim, ao lado de Pantalaimon (seu dimon), o aletiômetro, seu amigo Roger e seu dimon, enfrentam diversas aventuras: conhecem os gypcios, feiticeiras, ursos de armadura e uma série de outras criaturas mágicas.

De forma resumida e a fim de evitar spoilers, Lorde Asriel, pai de Lyra e um importante personagem da trama, acaba criando um portal mágico, mas que apenas descobriremos para onde abrirá suas portas no livro seguinte.

No segundo livro, A Faca Sutil, começamos a história conhecendo o personagem Will, que se vê obrigado a "abandonar" a mãe para descobrir um pouco mais a respeito do pai, que nunca conheceu. O que Will não esperava era que o destino se encarregaria de traçar seu caminho.

Will conhece Lyra, que, ao atravessar o portal criado pelo pai, vai parar na cidade de Citagazze, uma cidade habitada apenas por crianças, devido a presença de espectros. Espectros são "fantasmas" que se alimentam da consciência dos adultos. Nessa cidade, Lyra e Will descobrem a Faca Sutil, uma arma capaz de abrir portas entre os universos.

Já no último livro da trilogia, a Luneta Âmbar, teremos todas as pontas soltas dos livros anteriores amarradas e, diga-se de passagem, de forma genial. Neste último livro, entenderemos o porquê de Lorde Asriel ter aberto portais para outros mundos e porquê Lyra e Will são tão importantes para o futuro da humanidade.  Por fim, o livro, dentre os três, é o que possui o maior número de informações, aventuras e personagens. É um grande mix.

O que mais me chamou atenção é que a trilogia é, a primeira vista, direcionada à crianças, porém possui diversos aspectos extremamente profundos. Adorei o fato de o livro abordar de forma simples diversas teorias da física e conceitos da filosofia, como a teoria dos universos paralelos, a teoria da partícula da consciência, inversão geomagnética, entre outras. Sem perceber acabamos absorvendo uma rica quantidade de conhecimento que, talvez, na época da escola teríamos repudiado por achar completamente chato.

Por fim, esta trilogia é uma das melhores que já li, embora tenha achado que o Autor dividiu mal as histórias ao deixar o segundo livro bem sucinto em relação aos outros dois, mas nada que atrapalhe o enredo. Então, super recomendo esta aventura e já aviso, a história deixará saudades.

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